Com o desejo de conhecer melhor e de modo mais aprofundado a vida dos Santos e Santas padroeiros da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, resolvi ler sobre estes e partilhar aqui no meu blog simples anotações que estou fazendo ao longo das leituras. Caso resolva ler comigo, boa leitura!!!
"Jesus, que a destinara a reacender no mundo o fogo do seu divino amor, quis que ela fosse por este inflamada desde o alvorecer dos seus dias, e de bênçãos celestes mandou que os seus anjos lhe enflorassem o berço".
(Santa Margarida Maria Alacoque, a esposa do Sagrado Coração de Jesus. Obra compilada pelo Servo de Deus Pe. André Beltrami. 1932. p. 05)
Aos 22 de julho de 1647, nasce Margaria Maria
Alacoque, em Lhautecour, próximo de Paray, na França. Sua mãe, Felisberta
Lamyn, sempre teve o pressentimento de que sua filha haveria de desempenhar uma
missão sublime na Santa Igreja.
Com cinco anos de idade, a santa já odiava a sombra
do pecado, como nos relata um dos seus historiadores com base em informações de
seus pais a respeito de algumas inclinações da menina. “Era preciso apenas
dizer que isso causava desgosto a Deus” para que ela desistisse do que
pretendia.
Relatou seu irmão que certa vez, em épocas de
Carnaval, toda juventude da aldeia se encontrava nas praças e eram regados
pelas belas músicas e danças festivas. Ele, por sua vez, convidou sua irmã Margarida
para vestir-se de fantasias e se mascarar afim de participar das festividades. Ela,
porém, disse ao irmão que tal ação ofendia a Deus e que ela preferia ficar no
recolhimento e na oração. O mais curioso disso é sua idade: pouco mais de cinco
anos!
Seus pais contam que Margarida sempre ficava pelos
cantos da casa ajoelhada em oração; sua participação na vida da Igreja sempre
foi ativa: Santo sacrifício da Missa, rituais sacros e passavam longos
instantes em adoração, negando se retirar da presença do Santíssimo Sacramento.
Com o desejo de aprimorar a educação da filha, seus
pais a enviaram para os cuidados de sua madrinha, Margarida. A menina
continuava recolhida pelos bosques e campos, rezando insistentemente a Deus e
mantendo com Ele íntimo contato. Ela ainda não sabia exatamente o que era o
voto de castidade, mas sentia-se inteiramente chamada a se consagrar totalmente
a Deus e a seu serviço. Em um dia, conta-nos ela em sua Autobiografia que no momento da consagração na Santa Missa, ela
proferiu as seguintes palavras: “Deus do
meu coração, consagro-vos a minha pureza, faço voto de perpétua castidade “,
consagrando-se, assim, toda a Nosso Senhor.
Em uma filial devoção à Santíssima Virgem Maria,
Margarida exalava santidade. Afirmou: “Recorri
a Maria Santíssima em todas as minhas necessidades e Ela me livrou de enormes
perigos. Não me atrevia a recorrer diretamente ao seu Divino Filho: sempre o
fazia por meio d'Ela. Oferecia-lhe o santo Rosário, rezando-o de joelhos, ou
fazendo tantas genuflexões quantas são as suas Ave-Marias, ou beijando o chão
outras tantas vezes»
Mas a vida de Margarida também fora marcada por
momentos de escuridão e dor, onde sua fé era o sustento e força para caminhar.
Com o falecimento de sua madrinha, Margarida retorna à casa de seus pais no ano
de 1655 e no fim do mesmo ano, Deus chama seu pai à glória eterna. A menina,
porém, conforta-se com os cuidados de Deus e a Ele bendiz a todo tempo. Sua mãe
a envia para o Convento das Clarissas devido sua falta de tempo para a
dedicação necessária na educação da filha e Margarida ingressa neste ambiente
religioso, experimentando o silêncio do claustro, a austeridade, a seriedade
nas orações comuns, a modéstia e o recolhimento daquelas irmãs que serviam ao
Senhor de um modo tão simples e verdadeiro que, aos poucos, seu coração foi sendo
encaminhado para a consagração na vida religiosa a Deus.
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