sexta-feira, 12 de julho de 2013

Um Santo simples....um homem chamado João Maria Batista Vianney! (Parte final)

"Ars não é mais Ars; está mudada"! - Catarina Lessagne



Continuando nossa reflexão sobre este Santo homem de Deus que muito nos tem a ensinar e dizer, inicio com a frase acima citada: "Ars não é a mesma; está mudada"! A célebre senhora que afirmou isto chama-se Catarina Lessagne. Esta fora, sem dúvidas, a mais íntima fiel unida a São João Maria Vianney. Zelosa, piedosa e ardente de amor pelos paroquianos, Catarina dedicou-se sem reservas ao serviço apostólico juntamente com o Santo.
É fato que Ars havia mudado com a presença de João Maria. Seu zelo e dedicação, levava as pessoas à conversão do coração e à mudança radical em suas vidas. Conta-se que o Santo entrava nos locais de danças e bares daquela região e pregava o Santo Evangelho, convertendo, no local, as pessoas e levando-as para a simples e modesta Igreja o que, evidentemente, as levava para mais próximas do Senhor na sua Palavra e na sua Santa Comunhão eucarística. 
No ano de 1824, por inspiração divina e doação de sua parte, criou a casa da Providência. Tal organização era um escola para meninas e crianças vindas de paróquias e lugarejos vizinhos. Tal serviço era prestado gratuitamente e a doutrina da Santa Igreja era ali pregada e ensinada, além dos estudos que eram possíveis de ser oferecidos às mesmas. Com a ajuda de Catarina e de Joana Maria Charray, São João empenhou-se com a obra e não esmoreceu frente às críticas e ataques perversos que lhe eram feitos por ocasião desta edificação em prol da reparação material e espiritual dos assistidos.
Conta-se que as peregrinações a Ars aumentavam mais e mais com a "fama" do santo pregador. Eram horas e horas de confissões atendidas na simples e modesta sala onde atendia em seu confessionário de madeira pobre e marcado pelo tempo. Suas refeições eram simplesmente esquecidas por ele; suas simples batatas que lhe eram oferecidas por causa da situação financeira da paróquia, muitas vezes eram deixadas por horas, dias e meses. 
Suas obras não param por aí. Cria também uma casa para acolher meninos aos moldes da primeira edificada. Frente às peregrinações, o santo aumenta a Igreja, construindo capelas em honra a Santa Filomena e a Capela "ECCE HOMO". Animou a vida paroquial com as confrarias e irmandades, sem falar na fiel devoção à Santíssima Virgem
Em maio de 1843, São Vianney fica gravemente doente. Eram os primeiros sinais do seu "fim" para esta vida terrestre. Mesmo com sua recuperação, a doença da pleuro-pneumonia não o abandonou, deixando-o debilitado e frágil. 
Pe. Raymond após anos, transferiu-se para Ars afim de ajudar o Santo Cura em suas tarefas. Enfrentando sérios problemas com as pessoas, Pe Raymond via-se obrigado a comportar-se severamente e isso causou grandes desgostos ao pobre e debilitado João Maria Vianney. 
Nas idas e vindas da vida, Vianney com sua saúde cada vez mais débil, encontrava forças para os atendimentos e pregações, das quais nunca se desfez. Uma de suas maiores alegrias foi a aclamação do Dogma Mariano da Imaculada Conceição, no ano de 1854, pois este era fiel devoto da Virgem. 
"O bom Deus fez-me comer pão branco no fim dos meus dias. ele sabe que os pobres velhos precisam do miolo do pão". Esta foi umas das exclamações de Vianney nos seus últimos dias. No dia 02 de Agosto de 1859, o Pe. Beau, outro auxiliar enviado a Ars, ministrou a Unção dos Enfermos no Santo Cura. Noa dia 04 daquele mês, veio a falecer o Santo Sacerdote, ocasionando grandes peregrinações a Ars em vista deste ocorrido. Os sinos de Ars dobraram refinados e seu corpo fora exposto na sala do presbitério paramentado solenemente com sobrepeliz e estola, como costumava atender os peregrinos.
Hoje Ars é adornada com imagens e monumentos que homenageiam o Santo que nem sequer quis tirar uma fotografia em sua época. Existe apenas uma foto sua original, a qual mostra o Santo em seu leito de morte paramentado.

Diante dessas magníficas passagens, nós nos perguntamos: O que eu tenho feito pelo reino de Deus? Ver a alegria e a docilidade do Santo Cura nos "irrita", no sentido de nos "provocar". Ele nos desinstala do comodismo, das paixões que sofremos sejam corporais, materiais ou espirituais. Ele nos faz tremer em relação às nossas atitudes que muitas vezes parecem perversas e enganadoras. O Santo Cura fala conosco ainda hoje; nos exorta, nos faz amar a Igreja e servi-la sem temor no coração. Sem dúvidas, ele continua nos chamando para seguir a Cristo. Ele foi exemplo e ainda é! Padroeiro dos párocos e Vigários, bem como de todos os sacerdotes. Sua memória litúrgica é dia 04 de Agosto, dia que sua vida foi entregue efetivamente a Deus através de sua morte!

Rezemos sempre pelos nossos Padres os que são nossos Verdadeiros pastores a exemplo de Cristo Bom Pastor que deu sua vida às ovelhas do rebanho!

Que Deus nos abençoe hoje e sempre!

Até o próximo texto!



2 comentários:

  1. Sem querer ser chato, mas já sendo... A data da proclamação do dogma da Imaculada Conceição é 1854... Você só trocou a ordem dos dois últimos números... rsrs

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    1. Obrigado Caríssimo Rafael Ferreira. eu, de fato, havia trocado os números!

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