sábado, 29 de junho de 2013

Um Santo simples....um homem chamado João Maria Batista Vianney! (Parte 02)


"Mostra-me o caminho para Ars, que eu te mostrarei o caminho para o céu"!

Com esta bela frase do nosso São João Maria Vianney, inicio esta segunda parte da sua história, a qual, na minha opinião, é muito rica e nos trás reflexões sobre como está nossa conduta perante Deus, como temos levado nossa vida de penitência e mortificação, como temos encarados os pequenos sacrifícios que precisamos fazer para nos prepararmos para os maiores que virão, enfim, vamos ver mais um pouco desta história!
Após ordenado sacerdote, o Padre Vianney recebe sua primeira missão; fora nomeado Coadjutor de seu incentivador Pe. Balley em Ecully e, sem dúvida, foram tempos de muito aprendizado pastoral para a vida deste santo homem, o qual cuidava das pessoas, do povo de Deus sem reservas. 
Tal Igreja tornou-se referência e um clima da "Igreja primitiva", onde os fiéis se ajudavam mutuamente, faziam penitências e jejum em prol de algo e doavam-se uns aos outros diariamente, fez daquela paróquia uma sinal de luz em meio à escuridão dos tempos vividos naquele contexto de França. Uma de suas paroquianas afirma em um certo momento que "Há uma graça misteriosa em suas palavras" e tal fato é gerado por causa de sua dedicação às leituras hagiográficas (Vida dos santos), clima profundo de oração e submissão total à vontade de Nosso Senhor. A fama do recém sacerdote, deste modo, tornou-se crescente e com ela vieram os percalços e críticas severas, tanto da parte dos demais clérigos que o conheciam, quanto do povo que não estava contente com suas pregações e com elas não concordavam, Pe. Vianney, pelo contrário, sempre esteve atento à voz de Deus e a Ele obediente!
Meses passados, o Pe. é Transferido à Ars, onde grandes ocasiões o esperam. Tal lugarejo não possuia mais do que 370 habitantes e ali haviam tabernas, bares, locais de danças e perdição que, segundo o padre, impediam o povo de ver a Deus. A caminho de Ars (foto acima), Pe Vianney perdido busca informações com um pastorinho que estava em seu caminho e pede que este lhe mostrasse o caminho para Ars e este menino, negando a ajuda, recebe a exortação de Vianney: "Mostra-me o caminho para Ars, que eu te mostro o caminho para o céu" e olhando atentamente vê o campanário e algumas casas bem simples e ali, naquele exato local, o jovem padre cai no chão de joelhos e reza devotamente a Deus pela sua missão!
Chegando ao local da Capela, vai direto ao Santíssimo e por ali passa horas e, quase sem dormir, termina e, ao mesmo tempo, inicia sua nova missão como sacerdote do Altíssimo.
Os pobres móveis que herdara do Pe. Balley foram colocados na modesta casa paroquial e aos poucos suas dependências foram sendo instaladas, tudo, é claro, com muita simplicidade e até porque não dizer, muita pobreza!
Inicia-se um grande passo para a vida da aldeia de Ars; o jovem sacerdote, tomado de amor e zelo pelas coisas de Deus, dá um passo inicial na reforma do campanário que fora destruído pela Revolução, coloca um novo sino, fecha rachaduras, reforma o teto da capela, enfim, de tudo faz para que a Igreja seja acolhedora e que os fiéis nela se sintam bem.
As pessoas, aos poucos, foram se achegando ao jovem padre e ele mesmo também ia ao encontro de seu rebanho. Conta-se que ele parava no caminho das pessoas que, cansados voltando de seus trabalhos, paravam para ouvir um pouco de suas histórias que aqueciam o coração. Visitava famílias, abriu as portas da casa paroquial que possuía um jardim repleto de nogueiras, oferecendo, assim, às famílias as nozes que ali eram produzidas; 
"O nosso cura não é como os outros, ele é um santo" afirmava guilherme Villier, um morador do vilarejo que muito contribuiu para o processo de Canonização do Santo. A afabilidade, o amor e o respeito que tratava todos era o diferencial da vida de João Maria; todas as pessoas que por ele foram atendidas relataram que seus direcionamentos eram inspiradores e motivavam as pessoas no progresso da caridade e da fé!

Nesta segunda parte caminhamos um pouco mais com o Santo Cura! Vimos sua primeira missão, bem como sua posterior tarefa de "restaurar Ars". Sua fama de santidade fora algo marcante em toda sua caminhada; sua mística inspiradora e sua fé inabalável, especialmente seu amor e zelo pela Santíssima Eucaristia, eram trechos de uma longa história construída por Deus, em Deus e com Deus!
Sejamos assim também nós! Façamos tudo por Ele e Nele para que um dia, estando com Ele, possamos gozar de plena e eterna alegria e satisfação de noss'alma!

Até a próxima

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um Santo simples....um homem chamado João Maria Batista Vianney! (Parte 01)


Queridos Leitores, paz do Coração de Jesus a vós!!!

Começo com uma frase deste santo que nos servirá de inspiração: "É necessário trabalhar neste mundo, é necessário combater. Teremos toda a eternidade para descansar".

Em sua vida sacerdotal, São João Maria Vianney, o chamado Cura d'Ars entregou-se totalmente à causa do Evangelho de Jesus. Doou-se sem reservas às pessoas, ao rebanho que lhe fora confiado no pequeno vilarejo de Ars, na França.
Nascido em 08 de Maio de 1786, o pequeno João Maria Vianney passou pelos terríveis momentos de guerra na França, onde a Igreja dividiu-se em meio às crises sociais e políticas ficando, assim, de um lado um grupo de padres (juramentados) e um outro grupo (refratários), os quais se submeteram à clandestinidade. A simples e modesta família Vianney acolhia estes padres do "segundo" grupo em sua casa humilde e "assistiam" à Santa Missa nestes tempos terríveis. Talvez atitudes como essa tenham sido o despertar vocacional daquele que se tornara um dos maiores exemplos de vida ascética e mística daquele tempo, daquele povo e lugar!
O Santo conta em seus relatos que, mais tarde, ao alcançar a idade prescrita, preparou-se para sua Primeira Eucaristia: "Minha confissão primeira foi embaixo do relógio da cozinha" e tal fato ocorreu em 1797, porém com inúmeros percalços, o pequeno necessitou mudar de residência e fez sua Comunhão com o Senhor apenas dois anos mais tarde!
Uma das pessoas mais importantes da vida vocacional deste santo, fora, sem dúvida, o Pe. Balley, um homem de Deus que fora transferido para os arredores de Lion e que evangelizou o coração de Vianney. No ano de 1806, Vianney dirigiu-se à sua mãe contando a ela sobre seu desejo do sacerdócio, porém, com todas as dificuldades que a família deste passava, seria difícil mantê-lo em um seminário com os devidos custos. A voz profética de Pe. Balley afirma: "Se for para este, eu aceito me sacrificar"! Deus sondava o Coração de Padre Balley e infundia nele a decisão de arriscar-se por João Maria!
Entre tantos desafios que tivera, João Maria dedicou-se com afinco aos estudos, porém não alcançava sucesso e tinha muita dificuldade em aprender; humilhações, zombarias e rebaixamento sofreu o jovem! Na época o processo de aprovação era diferente do qual se conhece hoje; era necessário uma série de exames e testes para tornar-se sacerdote e, somente assim, dirigir-se ao povo de Deus como representante da Santa Igreja de Cristo.
Após muitas turbulências, o Santo celebrou sua primeira missa em 14 de Agosto de 1814. Quanta alegria no coração do jovem sacerdote; sentimento de vitória e conquista, tudo em nome de Cristo e da sua Igreja!

Nesta primeira parte, vimos como a vida vocacional de São João Maria Vianney se desenvolveu; seus momentos de alegria, sua família piedosa, seus méritos e todo seu esforço feito para chegar ao sacerdócio, especialmente sua dificuldade nos estudos eclesiásticos. Sim meus amigos, os Santos que hoje tem a honra dos altares sofreram tribulações e perseguições também! Digo também, pois sabemos das nossas lutas diárias, de nossos enfrentamentos e, como diria alguém, "dos leões que temos que matar todos os dias"! Quando nossos esforços são dirigidos e mergulhados no Mistério de Cristo, tudo parece ter mais sentido! É evidente que não é nada tão obvio e claro sempre; dúvidas fazem parte da caminhada e os questionamentos também, mas Deus é Aquele que não pode faltar nesses momentos; se Vianney não tivesse Deus como ponto de partida e de chegada, ele não seria o que foi e jamais haveria alguém que escrevesse sobre ele tendo passado tantos séculos!

Até a próxima!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A vida, a viagem, as malas......o que levar e o que deixar?!?!




Caríssimos leitores, enfim, voltei...creio que desta vez seja pra valer!rs

Ainda a pouco, estava pensando em escrever algo; algo diferente do que já fora escrito até agora aqui no meu blog. Por isso, pensei em trazer uma reflexão "antiga" que eu já havia feito tempos atrás.
Comparar a vida com uma viagem e, ainda mais, com as malas que fazemos ao viajar!
Pode parecer estranho e complexo ou simples e banal, mas para mim tem muito significado tal comparação. não sou de escrever difícil muito menos sou poeta, apenas sou sincero nas palavras e creio que elas trazem nossos sentimentos à vida escrita, registrada!

Com essa correria de todas as férias, precisamos fazer as malas para passar dias com os familiares e amigos. Estive pensando em algo muito concreto: nossos caminhos e nossas opções e aquilo que temos de "bagagem" que nos seja um suporte para a vida no dia a dia!
Quando fazemos malas pensamos: "Levo isso ou levo aquilo"?; "Será que lá tem isso"?; "Deixo Isto" etc e quando você vai ver já tem muitas coisas desnecessárias dentro da mala! Ao chegar no aeroporto você se depara com a seguinte situação: "Senhor, suas malas excederam o peso"! Você paga o excesso ou deixa algo; a escolha é sua! Chegando no seu destino você abre a mala e vai lembrando, aos poucos, daquilo que você escolheu levar; são tantas coisas que você já nem lembra mais! Você "usa" aquelas coisas e quando chega  ao final de seu "tempo de folga", ainda corres o risco de não ter usado tudo, de ter que deixar algo para caber outras coisas e até mesmo de levar de volta o que trouxe com um pouco mais de coisas!
É assim com nossa vida! Nossas experiências, sejam elas negativas ou positivas, nos levam a ser o que somos no presente! Cada escolha que você faz e a consequência que vem com ela te ensina algo novo que, às vezes, pode parecer "coisa velha", mas é um novo ensinamento para tua vivência!
Escolher o que "colocar na mala" é estar seguro de teus caminhos e de tuas opções! Ninguém escolhe um caminho que não deseja; nossa opção pelo bem ou pelo mal, é NOSSA! Você escolhe por onde ir e deves saber que as consequências que virão, serão fruto de tua decisão! Ninguém viaja "de malas vazias"! Por mais que sentes que tua vida não tem sentido ou que você "já era", saiba que sua "carga" é o que te fez ser o que é! Não se esqueça disso!
"Deixar coisas" é despojar-se daquilo que não tem servido mais para você! É o contrário do ser apegado demais! Precisamos escolher, todos os dias, o que fazer, a quem ouvir, o que sentir e o que deixar de lado; é a rotina da vida, o curso normal!
Pode ser que no curso da viagem, você é chamado a descer e a carregar com sua própria força sua mala e aquilo que trazes consigo! E aí?!?! Será que você será capaz? A resposta será positiva somente se você, como já lembrou um amigo meu, estiver "com sua história nas mãos"; ter posse de sua história é saber responder os apelos do cotidiano, da vida e entender o porque de muitas coisas! Ser "dono de si" é ser consciente do que você foi e será, sem perder o que é, no presente, no agora da vida que, daqui uns segundos, já é passado e abre uma nova possibilidade, um novo recomeço!