Caríssimos irmãos e irmãs na fé em Cristo! Paz do Coração de Jesus a vocês!
Hoje, nesta segunda feira santa, gostaria de levar uma reflexão sobre as dores de Maria a todos vocês!
Reveladas a Santa Brígida, as sete dores de Maria Santíssima nos remetem aos mais dolorosos e decisivos momentos que viveu a Virgem, em sua santa obediência a, por causa dos planos de Deus, por Jesus e por nossa salvação.
A profecia de Simeão "e quanto a ti, uma espada traspassará a tua alma" (Lc. 2,35) confirmou a Maria que este menino seria causa de contradição, mas também de salvação, a qual traria grandes dores, ou seja, o livre assentimento de Maria, veio carregado de dores e ultrajes, dos quais a mãe do Salvador e nossa deveria passar, vencer. A saída imediata da Sagrada Família de Nazaré; "levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito" (Mc. 2,13) revelou a Maria que este seu filho não teria morada fixa e que sua dedicação ao Reino de Deus, implicaria nesta incerta caminhada em busca dos mais necessitados. A perda do menino em Jerusalém durantes os três dias; "começaram então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos" (Lc. 2, 44) foi um grande acontecimento que marcou a vida da Sagrada família e a resposta do Menino 'Não sabeis que devo ocupar-me com as coisas do meu Pai?', mostrou com autoridade a Missão de cuidar do Reino de Deus e semeá-lo entre os povos. Maria acompanhou a via dolorosa. Em meio a multidão acompanhava silenciosamente sofrendo com seu filho, as blasfêmias e insultos que o mesmo recebia. A quarta dor de Maria é a subida ao monte calvário vendo seu filho carregando a cruz. O grande sinal de nossa salvação e vida plena, foi a morte de Cristo, o qual, de braços abertos e livremente se entregou em favor de nossos pecados. Revelada à Santa Brígida, esta quinta dor de Maria, ou seja, a crucifixão de Jesus em meio a dois ladrões conforme nos narra o Evangelho de João "lá, eles o crucificaram com outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio" (Jo. 19, 18), marca nossa redenção pelo sangue de um Deus que homem se fez. Recebendo o corpo de seu filho em seus braços, Nossa Senhora viu-se em meio às dores e lamentos, porém, confiava sempre que os planos de Deus eram maiores e Nele depositava sua esperança. Por fim, nos conta Santa Brígida, que a ela fora revelada também que, o sepultamento de Jesus, foi uma das grandes dores de Maria, onde ela viu-se despedindo de seu amado filho, o Cristo Salvador!
Estimados amigos, quando tive contato com essa prática de nossa piedade popular, fiquei muito comovido e percebi que Deus nos enche de oportunidades únicas. Uma dessas é essa oração! Sem dúvidas, somos repletos de atividades, trabalhos e ocupações, mas Deus colocou em nós também o desejo de reviver alguns momentos que marcaram nossa vida; por que não revivermos, de fato, a paixão, morte e ressurreição do Senhor dedicando-nos a oração e práticas concretas? Creio que seríamos melhores se vivêssemos espelhando-nos no exemplo de Cristo que se deu por nós, de Maria que renunciou seus planos para aceitar os de Deus e de inúmeros santos que conhecemos, os quais deram sua vida LIVREMENTE e se doaram em favor do Reino de Deus!
Gostaria de encerrar este texto com um convite: Rezemos a oração conclusiva desta meditação, seguida de 07 ave-marias, saudando e fazendo memória às dores desta mulher amada e humilde!
Oração: Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa santa e Imaculada conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de Vosso amado Filho a humildade, caridade, obediência, pureza de coração, corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte (faz-se um pedido)... que vos peço com tanta confiança. Amém!